1 de nov. de 2012

A história de como uma história pode ajudar


Deveria tá fazendo um trabalho ou dormindo, ou lavando uma roupa ou sei lá mas tô aqui, escrevendo minhas opiniões num blog que ninguém lê além dos meus amigos. Mas e daí?  E dai que semana passada vi o filme "The Help". Sei, pauta caída mas cês tem que levar em consideração que eu sou uma pessoa devagar.  De qualquer forma, sendo preta de beição, chegou uma uma hora que não deu pra ignorar esse arquivo primoroso aqui no meu computador. Conclusão: no meio da penúltima semana do período eu gastei 2h e 25min do meu tempo bem apertadinho pra chorar até ficar com dor de cabeça e me sentir o pior ser humano do mundo. Ainda bem, eu digo.

" The Help" (EUA, 2011), conta a história de uma aspirante a jornalista,  (Emma Stone) que,  ao voltar pra cidade natal depois de se formar na faculdade decide escrever um livro que contasse a verdadeira situação das empregadas da cidade.  Ambientado nos anos 60, em pleno Mississipi ( considerado até hoje um dos estados mais tradicionais dos Estados Unidos), o filme (baseado em um livro)  mostra, de forma bela e direta, a realidade da população negra norte-americana em tempos de Beatles, KKK, e paz e amor.
É um soco na cara. Só isso, mais nada. Não vou falar de prêmios, de atuações, de características técnicas do filme. Até porque nem tenho capacidade pra isso. Mas como pessoa sei muito bem falar dos sentimentos que o filme me trouxe. Passei a olhar a vida com outros olhos e, principalmente, a profissão que desejo seguir ao me formar.  O mais triste é saber que, 50 anos depois, ainda existe preconceito com a pessoa por causa da cor da pele. Caso você não saiba, tudo questão de genética, meu bem, ninguém é mais ou menos especial por ter menos melanina na pele.
  Entrei na faculdade querendo fazer alguma coisa de útil. Não só falar do tempo, do engarrafamento na avenida tal ou do assalto na padaria do lado. Depois de um ano de curso, parei para analisar o que tinha aprendido e o que tinha feito de bom e percebi que só tinha engordado.  Agora, um ano depois, e com esse filme na cabeça percebi que não depende do que me ensinam, depende do que eu faço com o que eu recebo. Tô tentando ser uma pessoa melhor, um dia, quem sabe, até paro de fazer fofoca. Entra nessa também que é legal. E passe a perceber mais as pessoas ao seu redor. Independente da cor, do gênero ou da função que elas exercem. No final, vai todo mundo virar esterco mesmo.