31 de dez. de 2011
11 de nov. de 2011
sem título e cia.
4 de nov. de 2011
Uma dúzia de olhares e meia palavra
Nunca acreditei muito que olhares tivessem tanto poder quanto uma dúzia de palavras. Hoje sei que estava enganada. Lembro-me de seus olhos castanhos me analisando. Olhos tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes dos de antes.
Quando você chegou trouxe contigo minha inspiração. Dias mais coloridos, flores mais vívidas, ventos mais fortes, sol mais quente. Palavras mais leves e pares.
Meu coração estava em par. Pareado com o seu, cheio de amor pra dar. Pra compartilhar . Compartilhei meus segredos, meus sonhos, meus projetos, meu cobertor.
Agora você foi. Minha inspiração disse adeus no momento em que a porta se fechou. E meu coração chorou, sozinho. Sem um par pra dançar. Ou compartilhar.
27 de set. de 2011
Fuck it
17 de set. de 2011
Vontade que dá e não passa
Sacudiu os ombros como se entregasse a luta, desistisse de tentar. Fechou os olhos, arrastou os pés fazendo barulho e chamando atenção. Ignorou os olhares e continuou o caminho. Tinha certeza do que estava fazendo. Não adiantava mais lutar, não era isso que ela tinha concluído? Já estava ficando repetitiva e enjoada.
Acabou com a distância entre os corpos, fechou os olhos, juntou os lábios e se sentiu em casa. Que luta era aquela mesmo?
6 de jun. de 2011
Brilho Eterno*
No primeiro dia, senti seus dedos a me tocarem de leve. Minhas costas formigaram com a ausência do toque. O calor fazia falta.
No segundo dia nossos dedos se entrelaçaram debaixo da mesa e um sorriso cúmplice foi trocado por nós sem que ninguém percebesse.
Já no terceiro dia sua ausência se fez presente mais do que qualquer esbarrar de mãos ou entrelaçar de dedos.
Duas semanas depois, ainda sem você, lembrava de cada sorriso, cada olhar. Lembrava de suas bochechas rosadas depois de encontrarem meus lábios.
Um mês se passou e minhas costas não formigavam mais. Minha memória lutava contra o tempo atrás de qualquer fragmento de nós dois. Meu coração lutava também; em busca dos próprios pedaços. Cacos destruídos por uma ausência cortante.
Seis meses depois e suas bochechas já não eram tão brilhantes quanto antes. A derrota era iminente e minha memória já suspirava diante do triste fim.
Um ano depois e o brilho se esvaiu completamente. Os cacos de meu coração outrora despedaçados encontraram uma nova cola e exultavam de alegria. A disputa entre memória e tempo? Bem, é do conhecimento de todos que há sempre marcas em guerras violentas. E a minha era carregar seu sorriso para sempre.
*Sim, título inspirado no filme.
PS: Este texto é uma ficção, atenção à isso.
9 de mai. de 2011
Lixo
8 de mai. de 2011
Rota perdida
30 de abr. de 2011
Profusão alfabética
Quando eu disse que viria escutei “não vai ter volta”. Escutei que não seria férias e que “não vai ter mamãe pra fazer as coisas pra você”. Ignorei tudo e vim. E em algumas dezenas de dias tanta coisa mudou que eu ainda me sinto confusa, às vezes.
Cheguei à conclusão de que saudade surge com um dia longe de quem você ama e que isso é mais normal aqui do que ficar bêbado numa cervejada qualquer. Todo mundo sente saudade. Isso já é tema corriqueiro nas rodinhas de conversa. “Vai pra casa hoje?” não é uma pergunta sem noção a ser feita. E pensar todos os dias “queria tá em casa” também não é sem noção.
Aprendi que sentir falta é diferente de sentir saudades. Sente-se falta das conversas nos intervalos entre as aulas, do barulho de gente em casa, da mãe chamando pra almoçar. Sente-se saudade de poder chegar em casa e abraçar a mãe. De ligar pra amiga e combinar o cinema da semana. De tomar café da manhã às 10:00 ouvindo Itatiaia. Aprende-se que sentir é mais difícil quando se está longe. Que até pra sentir sozinho uma pessoa ao lado é bom. Confuso não?
Aceitei que agora é tudo mais intenso. E profuso. As lágrimas cotidianas e os risos raros. Gargalhadas? Não como antes. Amor? Mais forte que nunca. Realmente,mais do que o nunca. Porque você nunca achou que fosse dar certo de fato. E não deu. Ou deu.
Sei lá, só sei que agora também uso mais itálico. É a intensidade das coisas. Das palavras.