31 de dez. de 2011

E ai que 2011 chegou ao fim e ninguém percebeu. Ou todo mundo percebeu mais ninguém comentou.
De qualquer forma, esse ano que hoje se encerra foi o "palco" (odeio tanto essa expressão que aff) de tantas mudanças na minha vida que, sinceramente, hoje me pergunto quem sou. Entrei na faculdade, saí de casa, ganhei uma família nova (Thaís, Grazi, Nat, Bia e Camila, suas lindas.); ganhei amigos novos, ganhei experiências novas, sonhos novos. Até psicanalista eu ganhei.
Pois bem, diante desse novo mundo cheio de novidades e a porra toda hoje eu vou agradecer a todas as pessoas que fizeram desse 2011 um dos melhores da minha vida e, com toda certeza, inesquecível de várias formas (ou esquecível... ).
Com muito medo fui parar em Viçosa em março morrendo de medo de perder meus amigos de Juiz de Fora, de perder as melhores festas, de não me adaptar naquela cidade.... Sei que medo eu tenho até hoje mas agora tenho certeza que, apesar dos pesares, os amigos de verdade vão estar ao meu lado independente da distância. Michael, seu lindo. Não tenho palavras pra descrever a sua importância na minha vida. Meu ano só foi o que foi com a sua ajuda e você sabe disso. Aliás, tenho uma frase pra descrever nossa amizade: "você me bolinou".
Fernanda e Lílian, o que seria de mim sem ninguém pra cantar Los Hermanos no caminho pro LabCom ou emprestar minhas blusas xadrez? Com quem eu fofocaria e falaria dos agroboys? Véi, vocês são fodas dig din dig din.
Equipe do We Like Nerds. Minhas idas a Juiz de Fora com certeza não seriam tão alegres quanto foram se eu não tivesse as nossas reuniões intermináveis. Desculpem-me a preguiça, prometo que mudo esse ano!
Muito obrigada a todo mundo que cuidou de mim no Muzik (Junão, seu linds), que me aguentou roncando por ai, que me deu o prazer de gravar vídeos memoráveis (haha, Ash e Laura, suas divas), que falou mal do Capitão América (Isa, você é fofa e obrigada por me entedender ), que saiu comigo domingo a noite pra matar o tédio (Big Brow, é nois) e a minha mãe que me aguentou chorando no telefone pedindo colo a 170 km de distância.
Amo vocês e quero todos no meu 2012. E desejo tudo de melhor na vida de todos. Principalmente dinheiro pra pagar festas legais pra mim.

11 de nov. de 2011

sem título e cia.

Ai você respira e sente lá no fundo, misturado com um monte de coisa, uma saudade de doer. Aquela saudade que vai te corroendo aos poucos e que transborda numa sexta a tarde antes de um feriado. Tipo essa.






Acho que vou me enganar e beber pra esquecer. Ao menos assim não penso. Assim eu acho que não penso. Mas a saudade tá aqui, ensopando meu quarto e minha alma.

4 de nov. de 2011

Uma dúzia de olhares e meia palavra

Nunca acreditei muito que olhares tivessem tanto poder quanto uma dúzia de palavras. Hoje sei que estava enganada. Lembro-me de seus olhos castanhos me analisando. Olhos tão iguais e ao mesmo tempo tão diferentes dos de antes.

Quando você chegou trouxe contigo minha inspiração. Dias mais coloridos, flores mais vívidas, ventos mais fortes, sol mais quente. Palavras mais leves e pares.

Meu coração estava em par. Pareado com o seu, cheio de amor pra dar. Pra compartilhar . Compartilhei meus segredos, meus sonhos, meus projetos, meu cobertor.

Agora você foi. Minha inspiração disse adeus no momento em que a porta se fechou. E meu coração chorou, sozinho. Sem um par pra dançar. Ou compartilhar.

27 de set. de 2011

Fuck it

Disseram que eu sou corajosa.
Tô fazendo isso por você. Por mim. Por nós.




Espero que você entenda.

17 de set. de 2011

Vontade que dá e não passa

Sacudiu os ombros como se entregasse a luta, desistisse de tentar. Fechou os olhos, arrastou os pés fazendo barulho e chamando atenção. Ignorou os olhares e continuou o caminho. Tinha certeza do que estava fazendo. Não adiantava mais lutar, não era isso que ela tinha concluído? Já estava ficando repetitiva e enjoada.

Acabou com a distância entre os corpos, fechou os olhos, juntou os lábios e se sentiu em casa. Que luta era aquela mesmo?

6 de jun. de 2011

Brilho Eterno*

No primeiro dia, senti seus dedos a me tocarem de leve. Minhas costas formigaram com a ausência do toque. O calor fazia falta.

No segundo dia nossos dedos se entrelaçaram debaixo da mesa e um sorriso cúmplice foi trocado por nós sem que ninguém percebesse.

Já no terceiro dia sua ausência se fez presente mais do que qualquer esbarrar de mãos ou entrelaçar de dedos.

Duas semanas depois, ainda sem você, lembrava de cada sorriso, cada olhar. Lembrava de suas bochechas rosadas depois de encontrarem meus lábios.

Um mês se passou e minhas costas não formigavam mais. Minha memória lutava contra o tempo atrás de qualquer fragmento de nós dois. Meu coração lutava também; em busca dos próprios pedaços. Cacos destruídos por uma ausência cortante.

Seis meses depois e suas bochechas já não eram tão brilhantes quanto antes. A derrota era iminente e minha memória já suspirava diante do triste fim.

Um ano depois e o brilho se esvaiu completamente. Os cacos de meu coração outrora despedaçados encontraram uma nova cola e exultavam de alegria. A disputa entre memória e tempo? Bem, é do conhecimento de todos que há sempre marcas em guerras violentas. E a minha era carregar seu sorriso para sempre.


*Sim, título inspirado no filme.

PS: Este texto é uma ficção, atenção à isso.

9 de mai. de 2011

Lixo

Ouvi dizer que o rascunho feito por uma pessoa diz muito sobre ela. Ontem limpei minha gaveta e joguei seu amor no lixo.
Decidi passar minha vida à caneta e você foi riscado dela.
Quero viver sem rascunhos a partir de agora.

8 de mai. de 2011

Rota perdida

Gosto da viagem quando vejo seus olhos. Centenas de pontinhos brilhantes e vejo seu sorriso. Gosto da chegada quando sinto seus braços a me apertarem como se nunca fossem me soltar. Um minuto depois sinto seu calor a me deixar.
Mãe, posso viajar mais?
Chegadas como essa deveriam ser tão eternas quanto as estrelas.
Pena que até elas morrem.

30 de abr. de 2011

Profusão alfabética

Quando eu disse que viria escutei “não vai ter volta”. Escutei que não seria férias e que “não vai ter mamãe pra fazer as coisas pra você”. Ignorei tudo e vim. E em algumas dezenas de dias tanta coisa mudou que eu ainda me sinto confusa, às vezes.

Cheguei à conclusão de que saudade surge com um dia longe de quem você ama e que isso é mais normal aqui do que ficar bêbado numa cervejada qualquer. Todo mundo sente saudade. Isso já é tema corriqueiro nas rodinhas de conversa. “Vai pra casa hoje?” não é uma pergunta sem noção a ser feita. E pensar todos os dias “queria tá em casa” também não é sem noção.

Aprendi que sentir falta é diferente de sentir saudades. Sente-se falta das conversas nos intervalos entre as aulas, do barulho de gente em casa, da mãe chamando pra almoçar. Sente-se saudade de poder chegar em casa e abraçar a mãe. De ligar pra amiga e combinar o cinema da semana. De tomar café da manhã às 10:00 ouvindo Itatiaia. Aprende-se que sentir é mais difícil quando se está longe. Que até pra sentir sozinho uma pessoa ao lado é bom. Confuso não?

Aceitei que agora é tudo mais intenso. E profuso. As lágrimas cotidianas e os risos raros. Gargalhadas? Não como antes. Amor? Mais forte que nunca. Realmente,mais do que o nunca. Porque você nunca achou que fosse dar certo de fato. E não deu. Ou deu.

Sei lá, só sei que agora também uso mais itálico. É a intensidade das coisas. Das palavras.

2 de abr. de 2011

Brilho

O mais incrível é constatar que um sentimento pode crescer independente da distância e do tempo. Será que tudo é uma questão de vontade? Será que tudo é uma questão de vontade? Eu não escolhi sentir isso, escolhi? Às vezes acho que não, que os sentimentos vêm, nos derrubam,nos levantam, independente da nossa vontade. Mas aí vem aquela lembrança de um dia em que tudo que me vinha à cabeça era relacionado a você e eu penso: eu tentei impedir que isso acontecesse? Não, muito pelo contrário. Tudo o que eu fiz foi ir pra casa o mais rápido possível para poder pensar só em você: sem interrupções ou pensamentos não relacionados ao assunto principal: nós dois.
Então a verdade é essa; tudo o que se sente, sente-se por vontade própria. E eu não tenho vergonha do que sinto por você. Posso não sair por aí contando para todo mundo que o dia fica realmente mais bonito quando você está comigo. Isso realmente não faço. Mas para você, ah, pra você eu faria as maiores e mais belas declarações. Faria quantas vezes você quisesse. Faria só porque o seu sorriso e as suas bochechas vermelhas de vergonha para mim ( por mim?) valem mais do que mil dias de sol, céu azul, lua cheia ou estrelas brilhantes. Não há brilho no mundo sem seus olhos castanhos brilhantes . Não no meu mundo. Não no mundo que construí para você.